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Uma nova Compreensão a Respeito da Infidelidade Conjugal

Infidelidade ou traição é uma palavra abordada, com certa frequência, na fala cotidiana, principalmente nas publicações da mídia se referindo a pessoas famosas. Falamos dos danos causados por uma perfídia; comentamos com certa indignação a respeito daquele que traiu e conjecturamos sobre as razões que o levaram a tal conduta. Indubitavelmente, de alguma forma, já traímos ou fomos traídos, experimentamos direta ou indiretamente os infortúnios de tal ato.

Relacionamento conjugal não é limitado ao casamento institucionalizado e sim, a toda relação de compromisso entre duas pessoas, dois cônjuges, mesmo que sejam do mesmo sexo.

Um relacionamento conjugal é sem sombra de dúvida a relação existente mais difícil, não só quanto sua formação, mas, sobretudo quanto a sua preservação.

Toda relação é norteada por regras e acordos, implícitos ou explícitos. Tais acordos e regras precisam ser construídas e compartilhadas de forma recíproca, consensual, reforçada ou modificada sempre que um dos cônjuges ou ambos sintam a necessidade. É o respeito e cumprimento destas regras presentes na conjugalidade que permitirão a satisfação e longevidade da relação.

Diferentes casais podem ter diferentes cláusulas em seus acordos. Podem optar por morar juntos ou não, ter filhos ou escolher por não serem pais, decidirem sobre a administração dos recursos do casal, definirem os planos futuros, inclusive, elaborarem seu próprio conjunto de regras sobre o que é e o que não é infidelidade, como também, estabelecerem as consequências da violação destes acordos.

A infidelidade é uma quebra de confiança, a traição de um relacionamento, o rompimento de um acordo. Não consistindo apenas na presença do comportamento sexual e sim de toda e qualquer transgressão dos combinados estabelecidos.

Se os cônjuges concordam com a presença de um terceiro no ato sexual (ménage à trois), ou com outros casais (swing) ou até com qualquer outra pessoa isto não é imputado como traição. Entretanto, mesmo nas relações abertas há regras a serem respeitadas.

Afinal, quem não trai?

José Valdevino da Silva
Psicólogo clinico – Terapeuta de casais